segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Unico

Não me consigo lembrar de nada
Não consigo dizer se isto é sonho ou realidade
Dentro de mim sinto vontade de gritar
Este terrível silencio esta a prender.me
Agora que esta guerra acabou comigo
Eu acordo e não posso ver
Que não resta muito de mim
Nada é real a não ser a minha dor
Prendo a respiração enquanto desejo morrer
Agora o mundo desapareceu, eu sou o único.
Tudo o que vejo: horror absoluto
Não consigo viver
Não consigo morrer
Preso dentro de mim mesmo
O meu corpo é a minha cela.
Campo minado arrancou.me a visão
Arrancou.me a fala
Arrancou.me a audição
Arrancou.me os braços
Arrancou.me a alma
Deixou.me a vida num inferno

1 comentário:

  1. Parabéns tiago! Este poema está algo de... divinal! Por outras palavras isto está brutal!

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